terça-feira, 28 de abril de 2015

Força feminina na televisão


Shonda Rhimes (roteirista, cineasta e produtora norte-americana) para a revista Hollywood
As mulheres vem tomando cada vez mais espaço seja nas empresas, se tornando grandes executivas, diretoras, gerentes e na área de construção civil – fazendo trabalhos braçais com homens. Não falta lugar para elas na ficção, onde estão se tornando protagonistas poderosas, deixando de lado o papel de ser apenas um interesse amoroso do mocinho, sofredora, sonhadora, em busca apenas do príncipe encantado. Hoje elas são lutadoras, guerreiras, bem-sucedidas e sem precisar de um vínculo com um homem para serem o destaques.
Ao fazer uma pesquisa no Twitter (uma rede social da internet), foi possível identificar que alguns dos seriados da atualidade são produzidos por mulheres e a forma que elas trabalham em cima dos personagens femininos possibilitam melhor construção, uma novidade para esse segmento.
Como o caso da Shonda Rhimes, que possui três séries de sucesso de temas variados. O mais antigo e premiado: Grey's Anatomy, do canal ABC, que tem como personagem principal Meredith Grey. Por mais de 10 anos vimos Meredith crescer no hospital, passando de apenas uma residente para uma cirurgiã geral de sucesso, mesmo com tantas perdas trágicas de familiares e amigos, conseguiu sempre dar a volta por cima, sendo assim uma inspiração para muitas pessoas que assistem ao seriado.
Hayley Atwell (atriz britânica) foto de divulgação da série Agent Carter
 Outro exemplo é a Tara Butters, que acabou de produzir a série Agent Carter, também da ABC, que fala da personagem de quadrinhos do Universo Marvel (publicada pela Marvel Comics) sobre Margaret "Peggy" Carter, o primeiro interesse amoroso do Steve Rogers (Capitão América). Peggy era Major do Exército Inglês e oficial de ligação com os EUA, lutava com homens de igual para igual, uma personagem feminista e foi uma das fundadoras de uma organização fictícia do mundo Marvel, o Diretório de Logística, Espionagem, Estratégia e Intervenção em Situações de Risco, mais conhecida como SHIELD; fundada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e financiada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Essa organização tem a função de proteger todo o planeta de ameaças de grande porte, desde terrorismo internacional até invasões alienígenas.
 Mas isso não quer dizer que um homem não faça tão bem esse trabalho. Mike Kelley, o produtor da série Revenge, (mais uma da emissora americana ABC) fez de Amanda Clark/Emily Thorne uma mulher fria e vingadora que arquitetou com inteligência a “queda” de todos que ajudaram a colocar seu pai na prisão por um crime que ele não cometeu. Porém ela nem sempre é essa mulher forte que aparenta ser, há momentos que ela volta a ser apenas aquela menininha que era feliz ao lado de seu pai e mulher que sofre pelo grande amor da sua vida e tem medo que as consequências dos seus atos, caiam sobre seus amigos.

 Mesmo com uma certa “oscilação” em sua personalidade na terceira temporada da série Arrow – série da emissora CW, produzida por três homens: Greg Berlanti, Marc Guggenheim, Andrew Kreisberg, que foi inspirada na revista de quadrinhos da DC Comics, o Arqueiro Verde – a personagem Felicity Smoak, formada em Segurança Cibernética e Ciências da Computação pelo Instituto de Tecnologia de Massachusettes (MIT), é uma hacker muito inteligente, forte e bem-humorada. Felicity conquistou seu espaço aos poucos – faria apenas uma participação – porém foi tão bem recebida pelo público que acabou tomando lugar de protagonista ao lado de Oliver Queen, o personagem principal da série. E isso não se deu apenas porque as pessoas começaram a enxergá-la como um possível interesse amoroso de Oliver, mas porque ela é uma peça fundamental na vida noturna e secreta dele. Provavelmente ele não seria o que é hoje sem a presença dela em sua vida, o ajudando a vencer as batalhas, o fazendo pensar em suas decisões. Ela está sempre o enfrentando, sendo o seu cérebro.
 Na mesma pesquisa, ao perguntar sobre o crescimento do protagonismo feminino, algumas seguidoras disseram que isso se deve ao feminismo, que é uma tendência no momento e os produtores, principalmente as mulheres, estão trabalhando em cima do assunto porque dá audiência e consequentemente, dinheiro. E como elas estão mais conscientes da causa e dos objetivos do movimento, dão mais atenção aos personagens femininos. Outras disseram que isso dependia da dedicação e amor dos produtores.

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